
O ambiente escolar é o ponto de
encontro dos vários profissionais envolvidos na ação assim, a gestão
democrática perpassa todos os setores da escola, do mais simples ao mais
complexo, como planejamento anual com o corpo docente, a tomada de decisões,
que deve ser coletiva, e as definições técnico-pedagógicas, etapas que precisam
ter a participação dos pais com um caráter deliberativo, fiscalizador, de apoio
e acompanhamento, inclusive dos aspectos financeiros da instituição. Para
construir uma gestão democrática na escola há que se assegurar a efetiva
participação dos vários segmentos da comunidade escolar na administração dos
recursos, na organização. Assim, o Projeto Político-Pedagógico direciona o
trabalho escolar; este, conforme Gadotti (1997): A gestão
de uma escola engloba uma complexidade de aspectos pedagógicos – materiais e
administrativos – difíceis de equacionar. Principalmente quando faltam
recursos. Além disso, no Brasil, muitas escolas da rede pública funcionam em
regiões socioeconômicas vulneráveis, o que aumenta o desafio dos diretores.
Dessa forma, não se pode mais conceber a escola como arraigada em princípios de
autoritarismo, anti-democracia e prepotência, e sim numa visão que deixa de ser
utópica, pois é um processo real de cidadania que nos leva a agir de forma
compartilhada e participativa na distribuição do poder dentro da instituição de
ensino. Por isso, a descentralização, o pluralismo, a autonomia, a participação
e a transparência, são fundamentais como princípios norteadores de uma gestão
democrática. Embora tenhamos avançado na área educacional, é notório o grande
caminho que deveremos percorrer, visto que envolve interesses de classes
distintas, onde as conquistas não nos serão dadas de forma espontânea e
vertical, sendo que é uma luta de todos para tornar a escola realmente pública
que desenvolva uma educação de qualidade, que leve em conta a complexidade do
ato educativo, a interdisciplinaridade, a transversalidade, etc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário